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sexta-feira, 4 de junho de 2010

vida de professor



A Exposição Feira Agropecuária de Floriano (PI), no parque Raimundo Mamede de Castro, que era um grande evento na planilha econômica da cidade, estava em andamento. No parque, quando cheguei, depois de já ter “mamado” umas cervejinhas, deparei-me com um formigueiro humano. Fiz uma volta de reconhecimento do local e, então, fui para o “inferninho” – uma franquia minimizada do inferno construída com barracas de madeira e palhas, fora dos limites do parque, ao longo da rodovia BR 343. A marca “inferninho” era muito divulgada em função do que acontecia no seu bojo: assassinatos, prostituição, jogos, brigas e bebedeiras – uma réplica, segundo observadores tradicionais, do inferno.
No “inferninho” encontrei uma “prima” que, como fachada comercial, vendia cerveja, no entanto, o faturamento bruto do negócio estava no agenciamento de garotas de programa, hoje profissionais do sexo. Fiquei empolgado na barraca da “prima” e, portanto, enchi a cara de água benta. Certa hora, ela ofereceu-me uma rede, armada fora da barraca, para eu relaxar um pouco até as pernas obedecerem aos comandos do cérebro. Deitei-me. Dormi. Certa hora da madrugada, acordei em função de uma conversação e risos. Eram duas jovens mulheres que, segurando nas beiradas da rede, faziam xixi, uma de costa para a outra de tal forma que uma estava virada para a minha cabeceira e a outra para os meus pés. A que estava fazendo xixi praticamente debaixo de minha cabeça, falou:
- O homem tá acordado!
De costas, sem virar a cabeça, a outra disse:
- você já fez foi enjoar de ver “isso”, não é, moço?
Olhando entre as pernas da outra, falei:
- Ainda não! Agora, aqui vai ficar um odor forte pra caramba de xixi!
- Vai não, moço, pois desde as sete horas da manhã que nós estamos bebendo cerveja... Você vai ficar é bebinho da silva, de novo! – sorriram descontroladas.
Se ela falou a verdade ou não, é difícil de eu saber, no entanto dormi novamente. Acordei de manhã e vi dois buracos no chão feitos pela pressão do xixi das mulheres e, então, fiquei convencido de que tudo foi verdade e não uma alucinação provocada por um delirium tremus.

2 comentários:

JAIR FEITOSA disse...

Olá AJRS.

Anuncia aqui também o teu Twiiter. Já estou te seguindo. E esse negócio de formigueiro humano eu vi, agora, lá do alto da roda gigante na mesma Exposição. É incrível. Dormir no inferninho a minha mulher não deixa. Ver o que você viu é sempre alentador, mesmo para quem já não reconhecia um.

Um abraço.

Jair Feitosa.

Anônimo disse...

pacato olha so a onde vce acha de curtir sua resaca vce e fogo hen

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