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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

insônia


A noite patética
transborda sem lucidez
pela janela da vida
e eu não consigo
compactar verbetes
para remendar o poema.
Sem pé e sem cabeça,
o poema dá pontadas
na janela da alma
que é muito apertada
para passar meus desaforos.
Apenas, de quando em vez,
dou uma cuspida tímida
na cara do mundo.

João Pessoa (PB), 1993

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